PARA AGRADAR EVANGÉLICOS HADDAD DESCARACTERIZA O PLANO DO PT E ISSO FORTALECE BOLSONARO
Há 11 dias da eleição do segundo turno das eleições presidenciais, o presidenciável Fernando Haddad, do PT, se reuniu nesta quarta-feira (17), com pastores evangélicos de diversas igrejas: Batista, Metodista, Presbiteriana, Anglicana, etc. O líder maior do movimento “evangélicos com Haddad” é o conhecido pastor Ariovaldo Ramos.
No
encontro o presidenciável do PT entregou uma carta aos evangélicos e se
comprometeu a não liberar as drogas, o aborto e a não taxar os templos, não apoiar a ideologia de gênero nas escolas públicas, etc.
Ora,
esse compromisso, nessa altura do campeonato, prova que esses compromissos firmado pelo Haddad, hoje, não
estavam no plano de governo do PT, aliás, sempre foi plano do PT descriminalizar
as drogas, o aborto, etc.
Ao
citar textos bíblicos, Haddad deixa os evangélicos com “a pulga atrás das orelhas”,
pois durante toda a campanha, ele não falou sobre a Bíblia, nem citou o nome de
Deus. Só agora, ao ver que Bolsonaro está a um passo da vitória, ele se
aproxima dos evangélicos e se compromete com os seus ideais.
Esse posicionamento de Haddad enfraquece o PT, pois não irá poder (caso Haddad vença as eleições) levar à frente seus ideais na área da moral e da ética.
DEPOIS DESSA ELEIÇÃO, O PT NUNCA MAIS SERÁ O MESMO.
Quem sai fortalecido com essa aproximação é o Bolsonaro, pois ao ceder aos apelos evangélicos, Haddad deixa claro que seu adversário sempre esteve certo em seu combate ao aborto, à ideologia de gênero, etc.
Quem sai fortalecido com essa aproximação é o Bolsonaro, pois ao ceder aos apelos evangélicos, Haddad deixa claro que seu adversário sempre esteve certo em seu combate ao aborto, à ideologia de gênero, etc.
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66% dos evangélicos dizem que votarão em Bolsonaro. Isso levou Haddad a recuar em pontos de seu plano de governo. |
Veja
a carta do Haddad para os evangélicos, abaixo:
“Quero me dirigir diretamente
ao povo evangélico neste momento tão decisivo da vida de nosso Brasil, cujo
futuro será decidido democraticamente nas urnas do próximo dia 28.
Para estar no segundo
turno, tive que vencer uma agressiva campanha baseada em mentiras, preconceitos
e especulações massivamente espalhadas pelo Whatsapp e outras redes sociais,
contra mim e minha família.
“Estas seis coisas o
Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa,
mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos,
pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere
mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” (Provérbios 6:16-19)
Desde as eleições de
1989, o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do
PT. Comunismo, ideologia de gênero, aborto, incesto, fechamento de Igrejas,
perseguição aos fiéis, proibição do culto: tudo o que atribuem ao meu futuro
governo foi usado antes contra Lula e Dilma. As peças veiculadas, de baixo
nível, agridem a inteligência das pessoas de boa vontade, que não se movem pelo
ódio e pela descrença.
“Ó Deus, a quem louvo,
não fiques indiferente, pois homens ímpios e falsos, dizem calúnias contra mim,
e falam mentiras a meu respeito.” (Salmos 109:1-2). Que provas tenho a oferecer
para desmentir quem usa meios tão baixos para enganar, fraudar a vontade
popular?
Minha vida, em primeiro
lugar: sou cristão, venho de família religiosa desde meu avô, que trouxe sua fé
do Líbano quando migrou para o Brasil para construir vida melhor para sua
família. Sou casado há 30 anos com a mesma mulher, Ana Estela, minha
companheira de jornada que criou comigo dois filhos, nos valores que aprendemos
com nossos pais. Sou professor, passaram por minhas mãos milhares de jovens com
os quais aprendi e ensinei meus sonhos de um Brasil digno e soberano.
Minha vida pública, em
segundo lugar: minha atuação, como Ministro da Educação e como Prefeito de São
Paulo, fala por mim. Abri as portas da educação para os mais pobres, das
creches – nas quais o governo federal passou a investir pesadamente em minha
gestão – à Universidade. Antes do Pro-Uni, do FIES sem fiador, do ENEM, da
criação de vagas em instituições públicas e gratuitas de ensino e das cotas
raciais, o ensino superior era inacessível para jovens negros, trabalhadores e
da periferia. Busquei humanizar a metrópole que me foi confiada, buscando
inovações para ampliar os direitos, à moradia, à mobilidade urbana, ao meio
ambiente sadio, à convivência fraterna.
Sempre contei, no MEC ou
na Prefeitura de São Paulo, com a parceria com todas as denominações
religiosas. Tratei a todas de forma igualitária. Os governos Lula e Dilma, bem
como nossos governos estaduais e municipais, sempre reconheceram dois pilares
do Estado democrático: é laico e, como tal, não privilegia nem discrimina
ninguém em razão de sua religiosidade. Nenhuma Igreja foi perseguida, o direito
de culto sempre foi assegurado, a liberdade de expressão também.
Nenhum dos nossos
governos encaminhou ao Congresso leis inexistentes pelas quais nos atacam: a
legalização do aborto, o kit gay, a taxação de templos, a proibição de culto
público, a escolha de sexo pelas crianças e outras propostas, pelas quais nos
acusam desde 1989, nunca foram efetivadas em tantos anos de governo. Também não
constam de meu programa de governo.
“Acautelai-vos quanto aos
falsos profetas. Eles se aproximam de vós disfarçados de ovelhas, mas no seu
íntimo são como lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. É possível
alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas daninhas? Assim sendo,
toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim dá frutos ruins.” (Mateus
7:15-17).
Os frutos que quero legar
ao Brasil como Presidente são a justiça e a paz. Emprego para milhões de
desempregados e desempregadas poderem sustentar com dignidade suas famílias.
Salário justo, com direitos que foram eliminados pelo atual governo e que serão
trazidos de volta com a anulação da reforma trabalhista, e o direito à
aposentadoria, ameaçado pela reforma da Previdência apoiada pelo atual governo
e meu adversário. “Aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo; ajudai o
oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” (Isaías 1:17)
Quero governar o Brasil
com diálogo e democracia, com a participação de todos e todas que se disponham
a doar de seu tempo e talentos na construção do bem comum. Um governo que
promova a cultura da paz, que impeça a violência, que nunca use da tortura e da
guerra civil como bandeiras políticas. Que una novamente a Nação brasileira,
para que volte a ser vista com esperança pelos mais pobres e com respeito pela
comunidade internacional.
Apresento-me, pois,
diante dos irmãos e irmãs das mais variadas denominações cristãs, com a
sinceridade e honestidade que sempre presidiram minha vida e meus atos. A Deus,
clamo como o salmista: “guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus,
meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo.” (Salmos 25:5). E a
vocês, peço justiça, a justa apreciação de meus propósitos e o voto para
concretizar essas intenções num governo que traga o Brasil aos caminhos da
justiça, da concórdia e da paz.
Por João Moreno de Souza Filho
Por João Moreno de Souza Filho
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